Uruguai votará sobre anistia em plebiscito

Os uruguaios irão às urnas no domingo para eleger o novo presidente do país. Ao mesmo tempo, a população também votará em um plebiscito sobre a suspensão da anistia para os militares. A lei atual, aprovada em 1986 e confirmada em outro plebiscito, em 1989, perdoou os militares que violaram os direitos humanos durante a ditadura, de 1973 a 1985.

José Mujica, candidato da coalizão governista, a Frente Ampla, é a favor da revogação da lei. Mujica, ex-guerrilheiro tupamaro, foi torturado na prisão, onde esteve por 13 anos. Já os candidatos da oposição Luis Alberto Lacalle, do partido Nacional (Blanco) e Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, se colocaram a favor da manutenção da anistia.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Interconsult, elaborada em outubro e divulgada na segunda-feira, indicou que 47% dos uruguaios votarão a favor do fim da anistia aos militares. Outros 40% votarão contra. O número de indecisos é de 13%.

Outras sondagens também indicaram que a maioria da população uruguaia votará pelo fim da lei de anistia aos militares. No entanto, para que o texto seja aprovado no plebiscito de domingo seria necessário mais da metade dos votos, incluindo os brancos e nulos.