UE defenderá corte de 30% nas emissões, diz Sarkozy

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou hoje que os líderes da União Europeia (UE) irão à 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), em Copenhague, pressionar por um corte de 30% nas emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020, tendo como base os níveis de 1990. Antes, o bloco havia dito que defenderia 20%, podendo aumentar a meta para 30% dependendo dos compromissos assumidos por outras nações.

Os países da UE também concordaram hoje em fornecer 2,4 bilhões de euros (US$ 3,6 bilhões) anuais, ao longo dos próximos três anos, para ajudar os países em desenvolvimento a combater as mudanças climáticas. O bloco estima que seja necessário um total de 7 bilhões de euros por ano, entre 2010 e 2012, para esse fundo. A UE espera que outros países forneçam o restante do valor.

O presidente da Comissão Europeia, Jose Manuel Barroso, disse que os países europeus querem um imposto global sobre transações financeiras para ajudar no fundo de combate à mudança climática. Na opinião dele, essa taxa é necessária porque os países ricos, apresentando crescimento econômico fraco e déficits crescentes, não podem oferecer aos emergentes o dinheiro suficiente para se atingir as metas atualmente em discussão em Copenhague.

A decisão do bloco de oferecer até 30% do dinheiro necessário para ajudar os países em desenvolvimento a combater o aquecimento global é um “grande encorajamento” para as conversas sobre o clima em Copenhague, segundo o secretário-executivo da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima, Yvo de Boer. “É realmente muito encorajadora (a oferta)”, disse. De acordo com ele, “uma das coisas que têm dificultado esse processo é a falta de clareza” sobre os compromissos financeiros.

Protestos

Em meio às negociações de hoje, houve protestos em Copenhague. A polícia da capital dinamarquesa informou que 40 pessoas foram presas por causa de manifestações perto do local onde ocorre a conferência. Segundo um porta-voz policial, as prisões foram “preventivas” e não foi registrado casos de violência. As informações são da Dow Jones.

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