Tráfego aéreo internacional tem maior queda desde 2003

O tráfego aéreo internacional de passageiros registrou queda de 2,9% em setembro na comparação com setembro do ano passado. É a maior queda desde 2003, quando houve o surto de Sars (síndrome respiratória aguda grave) na Ásia, segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). A queda no tráfego internacional de cargas foi de 7,7%, a maior queda desde 2001.

A América Latina foi a única região do mundo a registrar crescimento no tráfego de passageiros em setembro. Foram tímidos 1,7%, considerando que, em agosto, a região havia crescido 11,9% ante o mesmo mês do ano anterior.

As empresas da Ásia-Pacífico registraram queda de 6,8% no tráfego internacional de passageiros, enquanto nos EUA a queda foi de 0,9%. A queda no tráfego internacional para as companhias européias foi de 0,5%, enquanto no Oriente Médio a retração foi de 2,8% e, na África, de 7,8%.

“É alarmante como a deterioração no tráfego está se dando de forma tão rápida e generalizada”, afirmou o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani. “A boa notícia de que o preço do petróleo caiu pela metade desde o pico de julho não está sendo suficiente para compensar o impacto da queda na demanda. Nessa velocidade, as perdas das companhias aéreas este ano devem ultrapassar nossa previsão de US$ 5,2 bilhões.”

Os dados referem-se ao tráfego internacional apenas, não levando em conta a demanda doméstica dos países. A Iata reúne 230 companhias aéreas do mundo, responsáveis por 93% do tráfego aéreo regular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.