O primeiro-ministro da Macedônia, Nikola Gruevski, venceu com folga a eleição de domingo (1.º). Porém tiroteios e acusações de fraude podem atrapalhar as aspirações do país para ingressar na União Européia.
A estratégia de Gruevski para realizar eleições dois anos antes do previsto inicialmente mostrou-se um sucesso. Seu grupo político – os conservadores, de centro-direita – teve 48,3% dos votos no domingo, bem à frente dos social-democratas, com 23,4%. A vantagem foi suficiente para dar ao primeiro-ministro a maioria no Parlamento, de 120 cadeiras.
Gruevski, de 37 anos, enfocou na campanha o orgulho nacional. O país passou por um amargo desapontamento, quando a Grécia bloqueou a entrada da Macedônia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em abril, por causa de uma disputa envolvendo o nome do país balcânico.
Mas a violência de domingo, com uma pessoa morta e oito feridas em confrontos em áreas de maioria étnica albanesa, nas primeiras horas de votação, além das acusações de fraude, podem prejudicar a candidatura do país para a Otan e para a UE.
A votação foi suspensa em 22 seções eleitorais – 1% do total nacional – em áreas de maioria étnica albanesa. O motivo foi a ocorrência de intimidação, violência e acusações de fraude. Nessas áreas, está agendada uma nova votação em duas semanas. A Alemanha, por exemplo, levantou suspeitas sobre a lisura do processo e pediu que a nova eleição ocorra sem problemas.