Rei da Bélgica tenta resolver impasse para novo governo

O rei Alberto II, da Bélgica, se encontrou neste sábado com diversas lideranças políticas do país para tentar resolver um impasse que se arrasta desde as eleições gerais, em 13 de junho. Quase três meses após a votação, as negociações para a formação de um novo governo não têm avançado, com divergências entre os partidos do norte do país, que falam holandês, e do sul, que falam francês.

Na sexta-feira, Elio di Rupo, líder do Partido Socialista francófono, renunciou pela segunda vez em seis dias à função de formar um novo governo. O partido Nova Aliança Flamenga (NVA, na sigla em holandês), favorável à independência da região de Flandres, no norte do país, se fortaleceu bastante nas eleições de junho, e por isso di Rupo precisava do apoio deles para se tornar primeiro-ministro. Mas as negociações não estão dando certo.

A monarquia da Bélgica não aceitou a renúncia de di Rupo por enquanto, já que ele ainda mantém reuniões individuais com vários líderes políticos do país. Mas Charles Picque, funcionário do governo de Bruxelas, disse não acreditar que o rei Alberto II peça que Di Rupo tente formar um governo novamente. “Ele terá de encontrar outra solução. Ele precisa nomear outra pessoa que tenha maiores chances de convencer os flamengos”, comentou.

Enquanto o impasse político não se resolve, Yves Leterme segue como premiê interino da Bélgica. Ele renunciou ao cargo em abril, justamente por causa das diferenças entre os que falam francês e holandês.

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