Papa recebe visita de bispos greco-católicos ucranianos

Cidade do Vaticano – Bento XVI admitiu que na Ucrânia "persistem obstáculos concretos e objetivos" entre ortodoxos e católicos, ao receber nesta sexta-feira (1º) em visita "ad limina" – a primeira a um Papa em 70 anos – bispos da Igreja Greco-Católica Ucraniana.

A Igreja Greco-Católica Ucraniana, desmantelada durante o comunismo, foi reorganizada após a desintegração da União Soviética. Em 2005, sua sede foi transferida de Leópolis a Kiev, diocese sob responsabilidade do cardeal Lubomyr Husar.

Ainda hoje está aberta uma contenda com os ortodoxos pelo controle de propriedades eclesiásticas confiscados pelo regime estalinista 50 anos atrás.

"Não se pode desanimar diante das dificuldades, é preciso prosseguir o caminho com oração e caridade paciente", disse o Pontífice.

"Na Ucrânia, há séculos ortodoxos e católicos tentam estabelecer um diálogo cotidiano, humilde e sereno, que abraça muitos aspectos da vida", acrescentou.

O cardeal Husar, em nome da Igreja Greco-Católica Ucraniana voltou a pedir ao Papa o reconhecimento de sua Igreja pelo Patriarcado. Bento XVI não respondeu ao pedido.

Cerca de três milhões de católicos vivem na Ucrânia, divididos em três Igrejas: os apostólicos romanos, os ortodoxos e os greco-católicos.

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