ONU pede mais ajuda a vítimas de ciclone em Mianmar

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta quinta-feira que recebeu pouco mais da metade do dinheiro para o auxílio às vítimas do ciclone ocorrido em Mianmar e pediu maior auxílio. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), alguns países atrasaram as doações por causa de temores gerados pelas restrições do governo militar do país à entrada de trabalhadores humanitários estrangeiros.

A ONU estabeleceu uma meta de US$ 201,6 milhões (R$ 332,7 milhões) para a ajuda, mas recebeu apenas US$ 113,2 milhões (R$ 186,8 milhões), ou 56%, de países doadores. A entidade apontou que US$ 51 milhões (R$ 84,1 milhões) prometidos ainda não foram entregues.

A falta de recursos prejudica principalmente o auxílio emergencial para alimentação e educação, segundo a ONU. "O capital claramente não está vindo na velocidade que gostaríamos" disse Amanda Pitt, porta-voz para operações de auxílio da ONU. "O dinheiro é urgentemente necessário para sustentar o fluxo de alimentos e assistência."

Amanda apontou que as contribuições devem aumentar depois de um levantamento abrangente das necessidades em Mianmar. Estima-se em 2,4 milhões as vítimas do ciclone Nargis, que passou pelo país em 2 e 3 de maio. Estão no delta do Rio Irrawaddy 250 especialistas para fazer essa pesquisa.

A equipe apontará o tipo de auxílio e em que quantidade este deve ser enviado à região. Além disso, os pesquisadores elaborarão projetos para reconstrução de residências e escolas e também para a retomada da economia local, baseada na agricultura.

A ONU estima que mais de 1 milhão de pessoas, sobretudo no delta, ainda precisem de ajuda, mais de cinco semanas após a passagem do Nargis. O ciclone matou mais de 78 mil pessoas e deixou outras 56 mil desaparecidas, de acordo com dados oficiais.

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