Conflito

Olmert adverte Hamas contra disparos de foguetes

Israel vai atingir o Hamas com “punho de ferro” caso o movimento islâmico não suspenda os disparos de foguetes contra o Estado judeu, advertiu nesta segunda-feira (12) o primeiro-ministro israelense Ehud Olmert. “Nós queremos pôr um fim à operação quando duas condições que exigimos forem atendidas: o fim dos disparos de foguetes e do rearmamento do Hamas. Se essas duas condições forem atendidas, nós encerraremos nossa operação em Gaza”, disse Olmert durante um discurso na cidade de Ashkelon, sul de Israel.

“Outra coisa irá fazer com que eles sintam o pulso de ferro dos israelenses, que não toleram mais os (foguetes) Qassams”, disse o premiê. Hoje médicos acusaram Israel de testar um novo e “extremamente sórdido” armamento na Faixa de Gaza. A acusação foi feita por dois médicos hoje, ao voltarem à Noruega, após ficarem dez dias trabalhando em um hospital no território palestino. Mads Gilbert afirmou que “acredita que Gaza está agora sendo usada como um laboratório de testes para novas armas”. Ainda no aeroporto Gardermoen, em Oslo, Gilbert comentou o que ele e seu colega Erik Fosse testemunharam ao trabalhar no Hospital Shifa, em Gaza.

A dupla foi enviada ao território pela organização humanitária pró-palestinos NORWAC, em 31 de dezembro. Eles disseram ter visto em Gaza claros sinais do uso de Explosivos de Metal Inerte Denso (DIME, na sigla em inglês), um tipo experimental de explosivo. “Essa é uma nova geração de pequenos explosivos bastante poderosos, que detonam com uma energia extrema e dissipam seu poder em uma área de cinco a dez metros”, disse Gilbert.

“Nós não vimos vítimas diretamente afetados pela bomba, porque elas normalmente ficam em pedaços e não sobrevivem, mas vimos uma série de amputações muito brutais, sem ferimentos de metralhadora, e suspeitamos fortemente que deve isso ter sido causado pelas armas DIME”, acrescentou o médico. Segundo os médicos, o ferimento dessa arma é bastante diferente do causado por um projétil convencional. “Eu já vi e tratei de uma série de diferentes ferimentos nos últimos 30 anos e isso parece completamente diferente”, afirmou Fosse.

Gilbert também acusou Israel de usar a arma na guerra no Líbano, em 2006, contra o grupo militante xiita Hezbollah. Ele se referiu a estudos mostrando que os ferimentos dessa arma podem causar formas letais de câncer entre quatro e seis meses após o contato.

Armas legais

Também hoje, o Exército de Israel afirmou que todas as armas utilizadas na ofensiva contra o Hamas são legais, de acordo com a legislação internacional. Segundo um porta-voz militar, os armamentos são similares aos de qualquer exército ocidental. No domingo, um médico do hospital Nasser, em Cidade de Gaza, tratou pelo menos 55 pessoas por ferimentos causados pelo fósforo branco. Pela legislação internacional, essa arma não pode ser usada contra civis. As informações são da Dow Jones.

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