Conflito

Morales e D’Escoto, da ONU, acusam Israel de genocídio

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que seu país rompeu relações diplomáticas com Israel e que apresentará uma denúncia no Tribunal Criminal Internacional contra o presidente de Israel, Shimon Peres, e o primeiro-ministro do país, Ehud Olmert, sob a acusação de genocídio na ofensiva militar contra o território palestino da Faixa de Gaza. O presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Miguel D’Escoto, também acusou Israel de genocídio.

“Eu gostaria de anunciar que a Bolívia tinha relações diplomáticas com Israel e, tendo em vista esses graves crimes contra a vida e a humanidade, a Bolívia está rompendo relações diplomáticas com Israel”, disse Morales. “O número de vítimas em Gaza está crescendo diariamente. A situação é intolerável. É genocídio”, afirmou D’Escoto. Foi convocada uma sessão plenária emergencial da Assembleia Geral para amanhã, para discutir a ofensiva militar israelense.

Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU havia aprovado uma resolução exigindo que Israel e o Movimento Islâmico de Resistência (Hamas), que governa Gaza, suspendessem as hostilidades. A resolução passou com 14 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção (dos Estados Unidos, maior aliado de Israel). Tanto Israel como o Hamas rejeitaram a resolução.

“Havia alguns que tinham a ilusão de que o Conselho de Segurança faria alguma coisa que pudesse aliviar a situação. Eu nunca pensei assim. Agora, estamos diante não apenas com a falta de cumprimento à resolução como diante de um primeiro-ministro de Israel que, na prática, respondeu ao Conselho de Segurança que cuidasse de sua própria vida”, disse o presidente da Assembleia Geral da ONU, citado pela Al Jazeera.

Para D’Escoto, um ex-padre católico que foi ministro das Relações Exteriores da Nicarágua, “é inacreditável que um país que deve sua própria existência a uma resolução da Assembleia Geral seja tão desdenhoso em relação às resoluções que emanam da ONU”. A embaixadora de Israel junto à ONU, Gabrilela Shalev, reagiu às declarações de D’Escoto afirmando que ele “odeia Israel”. As informações são da Dow Jones.

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