Israel mata por engano civil palestino em Hebron

Tropas israelenses mataram a tiros hoje um civil palestino em Hebron, em um caso de erro de identidade, já que procuravam por um prisioneiro do Hamas solto um dia antes. O Exército de Israel lamentou o fato. Um porta-voz militar admitiu que o civil inocente vivia na mesma casa que o membro do Hamas. Testemunhas palestinos e fontes do setor de segurança disseram que o ataque ocorreu dentro de um prédio de apartamentos no centro de Hebron, na Cisjordânia, enquanto tropas buscavam um dos cinco prisioneiros liberados ontem da prisão da cidade.

O homem morto foi identificado como Omar Kawasme, de 67 anos. Familiares dele disseram que a vítima era tio de Wael al-Bitar, um dos membros do Hamas procurados por Israel. Falando à France Presse, Rajaeh Kawasme, filho do homem morto, disse que os soldados entraram na casa enquanto sua mãe rezava e o pai dormia. Eles fecharam a mulher em outro quarto e então abriram fogo contra o homem na cama.

“Eles o mataram à sangue frio com 13 balas na cabeça sem nem checar sua identidade”, disse Kawasme. “Depois de matarem ele, pediram seu documento de identidade. Eles pensaram que Bitar vivia nesse apartamento, então atiraram no meu pai sem confirmar sua identidade.” O Exército israelense admitiu o erro. Bitar é um membro do braço armado do Hamas, procurado por seu suposto envolvimento em vários ataques suicidas. O Exército de Israel afirmou que prendeu cinco membros do Hamas durante a noite, incluindo o próprio Bitar.

A morte causou uma dura resposta do Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Um porta-voz culpou ainda pelo crime a Autoridade Palestina (AP), do presidente Mahmoud Abbas. Os prisioneiros foram detidos pela AP, controlada pelo movimento secular Fatah, que é rival do Hamas. Eles não foram acusados formalmente, levando-os a começar uma greve de fome. As informações são da Dow Jones.

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