Israel anunciou nesta sexta-feira (18) a construção de 100 novas casas em assentamentos na Cisjordânia. As residências ficarão em Ariel e nas proximidades de Elkana, no norte da região. Os assentamentos são um dos motivos de discórdia entre israelenses e palestinos – estes querem incluir toda a Cisjordânia em um futuro Estado palestino.
Segundo o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, já sabia sobre a ampliação dos assentamentos. Recentemente, o anúncio de novas construções nessas áreas interrompeu por um breve período as discussões para um acordo de paz entre os dois lados. Os palestinos querem que Jerusalém Ocidental seja a capital do novo Estado. Porém Israel anexou a área após capturá-la em 1967.
Israel, também fechou as fronteiras com a Faixa de Gaza e a Cisjordânia para o feriado judaico do Pessach (Páscoa). O isolamento das áreas palestinas deve ser mantido até o final das comemorações, no dia 26, informou o Exército em comunicado. Palestinos não podem entrar em Israel, exceto médicos e advogados envolvidos em casos humanitários.
Os militares justificam a medida afirmando que o período é muito sensível, pela ameaça de ataques e pelo aumento da segurança. Seis anos atrás, um homem-bomba palestino matou 30 pessoas durante esse feriado, na cidade de Netanya.
Durante a semana, uma nova onda de violência ocorreu, com confrontos entre militantes do Hamas e o Exército israelense. Hoje, tropas israelenses mataram um militante durante uma incursão na cidade de Nablus, na Cisjordânia. Segundo as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa (braço armado do Fatah), um militante da Jihad Islâmica foi seriamente ferido.