As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmaram neste sábado que seu “otimismo” sobre as conversas de paz com o governo de Juan Manuel Santos que se realizam em Havana “é elevado” e negaram que tenham existido tensões entre as partes na mesa de negociação.
“Nosso otimismo nas conversas é alto e não houve as tensões entre as partes que especulam e propalam sem fundamento alguns veículos de imprensa”, asseguram as Farc em comunicado que foi lido à imprensa pelo guerrilheiro Jesús Emilio Carvajalino (conhecido como “Andrés Paris”) no Palácio de Convenções de Havana.
Na mesma nota, o grupo insurgente arremete contra o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, que acusa de ser um “elemento dedicado a sabotar os esforços de paz” e lhe tacha de “personagem furibundo”.
A guerrilha também fez uma convocação ao povo colombiano para que lute “tenazmente por seu direito a participar de maneira direta na mesa de diálogos”.
“As Farc-EP não darão qualquer passo pelas costas do país e nosso avanço dependerá da participação cidadã”, acrescenta a declaração.
“Andrés Paris” leu o comunicado à chegada da equipe de negociadores das Farc ao Palácio de Convenções de Havana, onde hoje prosseguem as negociações de paz que começaram formalmente na segunda-feira passada 19 de novembro.
O número dois da guerrilha, Luciano Marín Arango (conhecido como “Ivan Márquez”) lidera a equipe de negociação das Farc, e o ex-vicepresidente colombiano Humberto de la Calle é conduz o grupo dos delegados do governo.