O governo colombiano aceitou nesta segunda-feira (2) colaborar com uma eventual investigação da Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre o caso dos computadores que o país afirma ter apreendido no acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), onde morreu o dirigente guerrilheiro Raúl Reyes, em território equatoriano.
Neste domingo (1.º), a chanceler equatoriana, María Isabel Salvador, pediu ao secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, que "investigue" o suposto conteúdo desses computadores portáteis.
"Teremos todo o prazer de enviar à OEA a mesma informação que já enviamos ao governo do Equador", disse o ministro de Relações Exteriores colombiano, Fernado Araújo.
No entanto, o ministro declarou "não acreditar" que "fazer investigações penais" faça parte dos atributos da OEA. "É preciso entender o caso dentro de um ambiente político", argumentou.
As autoridades colombianas asseguram que os laptops contêm informações sobre supostos vínculos entre os governos do Equador e da Venezuela com as Farc.
María afirmou que o Equador "tem a consciência limpa", e que não mantém contatos com o grupo guerrilheiro além dos necessários para negociar a libertação de reféns.
Araújo e a chanceler conversaram durante a 38ª assembléia geral da OEA, que ocorre na cidade de Medellín, na Colômbia.
O caso dos computadores é um dos agravantes da atual crise entre Equador e Colômbia, desencadeada pelo ataque colombiano ao acampamento das Farc em território equatoriano no dia 1º de março, onde Bogotá afirma ter encontrado os laptops.