Brasil quer o etanol em acordo final da Rodada Doha

O governo brasileiro exige que o etanol faça parte de uma solução final na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) e chega a ameaçar abrir uma guerra nos tribunais internacionais. Mas, nesta segunda-feira (21), os Estados Unidos se recusaram a aceitar uma redução de sua tarifa de importação e alertaram que esse não é o momento de tratar do assunto. A OMC iniciou oficialmente seu trabalhos para tentar concluir sete anos de negociações, em um clima de desconfianças e pessimismo.

O chanceler Celso Amorim, em seu primeiro encontro com os americanos, já deixou claro que o etanol terá de entrar em uma liberalização. O produto é o carro-chefe da diplomacia comercial do presidente Luis Inácio Lula da Silva e hoje faz parte de todas as iniciativas diplomáticas do País.

“A tarifa aplicada sobre o etanol nos Estados Unidos é um absurdo. Espero que haja a inteligência suficiente para se evitar uma disputa e que o produto entre na agenda”, afirmou Amorim. Para ele, a taxa de US$ 0,54 por galão é ilegal. “Queremos que o etanol também seja beneficiado pelo corte de tarifas”, disse.

Fontes da Casa Branca informaram ao Estado que Washington quer evitar por enquanto o debate, alegando que o tema tiraria o foco da Rodada Doha. “Esse não é o momento de trazer o tema para a mesa”, afirmou um negociador americano. Já os europeus querem a criação de uma cota para o etanol, como já vem anunciando há seis meses. “Se isso ocorrer, vamos pedir compensações altas”, afirmou Amorim.

 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna