Ministro diz que desemprego do IBGE só reflete metrópoles

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reagiu com espanto aos dados do IBGE que mostraram aumento do desemprego para 10,7% em julho, ante 10,4% em junho. "A tendência é justamente o contrário. Não sei de onde o IBGE tirou esses números", disse Marinho.

Para o ministro, os números do IBGE refletem apenas a situação de algumas regiões metropolitanas, não de todo o País. "Não é que a estatística está malfeita, é que ela reflete a realidade de algumas regiões metropolitanas, que você precisa casar com outras estatísticas para poder ter o território nacional.

Segundo ele, os dados do Cadastro de Empregados e Demitidos do Ministério do Trabalho (Caged) apontam que o crescimento do emprego está ocorrendo fora das regiões metropolitanas. "Portanto, o IBGE e outras estatísticas não conseguem captar.

O Caged traz dados do mercado formal de trabalho e informações sobre contratações e demissões fornecidas ao ministério por empresas de todo o País. Portanto, são diferentes dos obtidos pelo IBGE, que refletem também o mercado informal.

De acordo com dados do Caged divulgados no início da semana, as empresas brasileiras criaram 154.357 empregos com carteira assinada em julho, 31,4% mais que em julho de 2005. Mas, em relação a junho, quando 155.455 vagas haviam sido abertas, o total diminuiu.

De janeiro a julho, o número de novos empregos formais chegou a 1.078.155, pouco inferior ao do mesmo período de 2005 (1.083.776). Mesmo assim, Marinho disse que as contratações vêm se acelerando e a expectativa é que o número de empregos formais este ano supere um pouco o de 2005, de 1,253 milhão.

Por isso, segundo o ministro, é preciso que os dados do IBGE sejam relativizados. "Tem de relativizar essa dramaticidade. Não dá para pegar a situação de uma região e achar que acabou o mundo", afirmou Marinho, enfatizando que a economia do País tem mostrado solidez. Segundo ele, em 3,7 anos do governo Lula foram criados 4,5 milhões de empregos formais e, se forem incluídos os servidores públicos, esse número sobe para 6,23 milhões.

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