O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, disse hoje que está convencido de que o país poderá erradicar a fome e a desnutrição em cinco ou seis anos, desde que faça uma ação integrada entre os governos federal, estaduais, municipais, sociedade, empresários, igrejas, movimentos sociais e entidades não governamentais. O ministro participou da cerimônia de inauguração do projeto Cozinha Brasil ? Alimentação Inteligente, em Vitória, no Espírito Santo.
Ele afirmou que a política de combate à fome do presidente Luís Inácio Lula da Silva não é teórica, mas se realiza na prática. ?O Fome Zero representa as nossas políticas mais diretamente voltadas para o combate à fome. O que estamos fazendo hoje não está no papel. O nosso programa de cozinhas comunitárias é uma realidade, assim como estamos implantando os restaurantes populares, a merenda escolar e as hortas. Mais do que isso, todas as políticas que distribuem renda estão no Fome Zero?, destacou Patrus.
E acrescentou: ?De vez em quando, chega alguém e pergunta quando será cumprida a promessa do presidente? Não é promessa. O presidente (durante a cerimônia de sua posse) falou em nome do sentimento nacional, expressou um desejo que é nosso. Quem não quer assegurar a todos o sagrado direito às refeições diárias de boa qualidade e na quantidade suficiente para manter o organismo da pessoa”? questionou.
Segundo o ministro, o presidente impôs ali um desafio. ?Nós podemos deixar para a geração futura um Brasil sem fome e sem pessoas desnutridas. Isto é perfeitamente possível. Mas isso não pode ser colocado só na conta do governo nacional. O Brasil é uma República Federativa e nós sabemos que, nos termos da Constituição federal, os estados e os municípios têm um grande papel. Não podemos, de Brasília, implantar equipamentos sem que os prefeitos concordem. A Constituição assegura a autonomia dos municípios?, disse.