Ministério da Cultura quer aumentar índice de leitura no país

Espalhar bibliotecas por todo o país, aumentar o número de livrarias, diminuir impostos de livros e formar mediadores e incentivadores da leitura são as principais metas do Plano Nacional do Livro, Leitura e Biblioteca ? Fome de Livro, que será lançado no fim de novembro pelo Ministério da Cultura. A idéia do primeiro programa nacional de incentivo à leitura é formar uma rede com a participação de 14 ministérios, fundações, institutos, organizações não- governamentais, estatais, governos estaduais, empresas editoriais e livreiros.

O Ministério da Cultura quer implantar 1,3 mil bibliotecas públicas até 2006 nos municípios que não contam com uma unidade. Além disso, com a participação dos demais ministérios, quer instalar bibliotecas rurais, por meio do programa Arca das Letras (Desenvolvimento Agrário), nas escolas (Educação), em hospitais (bibliotecas Vivas do Ministério da Saúde) e montar mil bibliotecas comunitárias nos Pontos de Cultura, ?que inclui comunidades indígenas, quilombolas e movimentos sociais como o hip-hop?, destaca o coordenador do plano, Galeno Amorim.

Cada biblioteca terá acervo inicial de 2.500 títulos. Dois mil livros foram selecionados por uma comissão formada por representantes das várias regiões do país. Os outros 500 serão escolhidos pelos estados para que as bibliotecas tenham ?forte característica local, além de obras da literatura nacional e universal?, informa o coordenador. Já as bibliotecas comunitárias terão mil exemplares cada e o acervo deverá ser constituído junto às comunidades. As bibliotecas escolares deverão ser montadas juntamente com os professores. ?A preocupação é levar em conta o que as pessoas querem ler?, ressalta Galeno.

As primeiras bibliotecas vão ser instaladas onde o déficit é maior. No total, 20% das cidades não têm bibliotecas. Esse percentual chega a 50% em cidades do Norte e Nordeste do país. ?Será dada prioridade a esses locais onde a situação é mais crítica?, explica Amorim.

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