Meu nome é trabalho

O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), presidente do Senado, não se contenta em ser apenas mais um político a ocupar posto tão relevante na vida institucional do País, inclusive com a prerrogativa de substituir eventualmente o presidente da República.

Garibaldi, com seu jeito típico de homem simples, ao que parece inteiramente destituído das vaidades que passam a ser exibidas por muitos dos que ascendem ao poder, pretende marcar o exercício da presidência do Senado pela seriedade e diligência na apuração das denúncias de irregularidades na administração federal.

Aliás, a agenda imediata do Senado terá de abordar o caso do senador recém-empossado Edinho Lobão (DEM-MA), acusado pelo próprio partido que espera o pedido de desfiliação, de práticas ilegais na constituição de empresas. O senador é filho e primeiro suplente do ministro Edison Lobão, das Minas e Energia.

Durante quase todo o ano passado a instituição ficou praticamente amarrada aos processos por quebra de decoro abertos contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Consciente do profundo desprestígio do Senado, Garibaldi quer mostrar serviço e, para isso, pretende estimular a Casa a produzir respostas rápidas às demandas que chegam a ela.

O presidente quer votar logo o Orçamento, os vetos presidenciais e as medidas provisórias. A ordem é trabalhar.

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