Meta de superávit primário está mantida, afirma Mantega

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, assegurou, nesta sexta-feira, que a meta de superávit primário prevista inicialmente para 2005 está mantida.

Nas últimas semanas, setores dentro e fora do governo vêm pressionando para a elevação da taxa deste ano e do no que vem para algo ao redor de 5% sobre o Produto Interno Bruto (PIB).

"A meta de superávit primário de 4,25% do PIB está mantida e não houve nenhuma modificação a esse respeito", disse Mantega, após comemoração dos 15 anos da linha de financiamento do banco para as exportações, o BNDES-Exim.

O economista, que semanalmente reúne-se com o presidente da República, também comentou que não há polêmica no governo quanto ao assunto. "Na verdade, dentro do governo não houve propriamente uma discussão. Esse superávit foi defendido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano passado e no orçamento de 2005, que, aliás, tive a oportunidade de coordenar quando era ministro do Planejamento", afirmou Mantega.

Ele voltou a defender cortes nos gastos de custeio, que poderiam se transformar em investimentos, mas não em ampliação do superávit fiscal.

Alguns economistas divergem deste ponto de vista, alegando que a elevação do superávit é mais eficiente para a economia.

O Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea) defende a elevação do superávit para 5% ao ano, em 2005 e 2006. Para o instituto, seria muito importante que "o governo explicitamente anuncie uma meta maior de superávit primário para 2005", mantida para o ano que vem. O Ipea lembra que não seria necessário esforço adicional, já que no acumulado de 12 meses o superávit está neste nível.

Copom

Mantega também comentou que ata da última reunião do Copom coloca em perspectiva uma queda dos juros. Ele também vem pregando que a inflação já está sob controle e há espaço para redução da taxa Selic. O presidente do BNDES indicou hoje que o câmbio poderá subir um pouco com o juro mais baixo. "Como o juro alto valorizou o real, devemos ter modificação em sentido contrário com o estímulo maior do câmbio", afirmou.

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