O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sugeriu nessa quarta-feira (25) um ?sistema redutor de gastos correntes?, que não significaria a redução absoluta de despesas do governo federal e que não comprometeria programas sociais. "Você continua com aqueles programas, porém em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) que estará crescendo, você estará gastando menos e com isso fazendo uma economia em gasto corrente que pode ser direcionada para investimentos", explicou.
Mantega enfatizou que mantendo o superávit primário e a queda de juros o gasto financeiro continuará caindo. "Então nós melhoraremos também a situação nominal, de modo que nós poderemos ter um déficit nominal zero no país nos próximos anos de forma tranquila". O ministro defendeu que é possível melhorar a qualidade dos gastos públicos em todos os setores, principalmente saúde e educação. "Cuidar da gestão do gasto é uma preocupação permanente e deve aumentar, o governo deve se preocupar sempre com isso, moderar o gasto corrente, sem inviabilizar as ações de governo e sem fazer nenhum choque".
Durante sua palestra a empresários no fórum Cenários de 2007 para o Planejamento Econômico e Financeiro das Empresas, realizado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Mantega defendeu a possibilidade de o país alcançar uma fase de crescimento vigoroso sem choques e mudanças bruscas na economia. "Para isso basta que o governo continue conduzindo a economia da maneira como está sendo feito e aprofundar as medidas já implantadas".