Londrina: Instituto de Cegos recebe auxílio do Consulado Japonês

O Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos (ILITC) recebeu, na última segunda-feira, uma doação de mais de 36 mil reais do Cônsul Geral do Japão em Curitiba Hirotsugu Hagiuda.

Entre cerca de cinqüenta projetos, o ILITC foi o escolhido do ano de 2004 pela Assessora de Projetos Comunitários do Consulado Suzana Fukumoto, que visitou diversas instituições antes de decidir qual dos projetos seria beneficiado. "Levamos em conta principalmente a credibilidade e a necessidade da instituição. Fiquei muito impressionada com o trabalho realizado pelo ILITC, pela oportunidade que dá aos portadores de deficiência de se desenvolverem, apesar das tantas limitações que possuem", destaca Suzana. "O ILITC é um espaço onde eles são aceitos exatamente como são", continua.

A verba, com aplicação pré-definida, será utilizada na aquisição de equipamentos de alta tecnologia para o Instituto. "Um deles é uma impressora especial para Braille, que facilitará a impressão de material didático e outros recursos para os cegos", comemora Carlos Roberto Miranda, presidente da instituição. "Só a impressora custa quase treze mil dólares", realça.

Segundo Suzana, o dinheiro é proveniente de uma parcela dos impostos do Japão, destinada à projetos de países em desenvolvimento. "Este é um processo muito sério. É o dinheiro do povo japonês, que apesar de ser um país desenvolvido também tem problemas, como é o caso dos idosos de lá. Então, nós estamos ajudando ao ILITC porque acreditamos na seriedade e na importância do trabalho desenvolvido por esta instituição", pondera, lembrando que inciativas como esta são necessárias, já que no Brasil os governos não oferecem subsídios a contento para as necessidades dos portadores de deficiência.

Após o prazo de entrega dos equipamentos, o Consulado Japonês deverá fazer uma visita ao Instituto, para a constatar a aplicação da verba e oficializar a doação. "A visita do Cônsul Geral do Japão ao Instituto vai ajudar a ampliar a visibilidade do trabalho realizado na entidade, e talvez assim seja possível sensibilizar mais pessoas a contribuírem", finaliza Suzana.

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