Jornada na Cidade Sem o Meu Carro tem a participação de 40 países

Brasília – No dia em que se celebra a 6ª Jornada na Cidade Sem o Meu Carro, 51 cidades e 17 capitais brasileiras e mais de 1.400 cidades em cerca de 40 países contribuíram para a diminuição da poluição, do barulho, do trânsito intenso e para a qualidade de vida das pessoas. Em Brasília, o Ministério das Cidades, que participa da jornada pela quarta vez, organizou um ciclo de palestras e a exposição fotográfica ?Bicicletas pelo Mundo?, para sensibilizar a sociedade a refletir sobre o uso racional do automóvel.

Na abertura das palestras, o secretário nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, José Carlos Xavier, disse que as cidades só serão sustentáveis quando tiverem sua mobilidade centrada nos transportes coletivos e não-motorizados.

?Não teremos cidades sustentáveis com mobilidade centrada no modo individual, especialmente nos automóveis. Uma cidade sustentável é uma cidade que tenha o meio ambiente adequado, portanto com menos poluição, de todas as espécies; uma cidade que o custo dessa cidade não seja incompatível com a renda que essa própria cidade produz?.

O presidente da Organização Não-Governamental Rodas da Paz, Leandro Salim Kramp, chegou ao seminário de bicicleta, juntamente com diversos integrantes da ONG que vão trabalhar pedalando.

Na opinião dele, a bicicleta é tanto um meio de transporte para os que não podem arcar com o custo do transporte público quanto uma opção de vida. ?Antigamente a única justificativa para usar a bicicleta era a saúde e a ecologia. Hoje o que acontece é que as pessoas não encontram vagas nos grandes centros urbanos. Isso tem provocado o aumento no uso de bicicletas?, disse o ciclista.

O diretor do Programa de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Ruy de Góes, disse que atualmente cerca de 30% das emissões de gases do efeito estufa são provenientes do transporte. Segundo ele, um estudo produzido pelo MMA juntamente com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) demonstrou que as pessoas estão morrendo por causa da poluição do ar.

Góes também falou do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que, em 20 anos de existência, teria diminuído a emissão de poluentes em mais de 90%. ?Hoje um carro é 90% menos poluente do que aquele de 20 anos atrás?. Outra conquista brasileira citada pelo diretor é o uso de biocombustíveis. ?Hoje o Brasil é visto como exemplo. A gente é uma vitrine de modelo de transporte do ponto de vista da emissão veicular?, afirmou.

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