IPC da Fipe tem alta de 0,98% na 3.ª parcial de abril

Com a alta de 0,98% na terceira parcial de abril, o Índice de Preços ao
Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) manteve
uma inflação média de 0,98% nas três quadrissemanas do mês. Na primeira medição,
o índice acusou uma alta média de 0,98% nos preços ao consumidor. Na segunda,
uma elevação de 1% e agora, na terceira quadrissemana, uma nova alta de
0,98%.

Esse comportamento dos preços mostra que a inflação do paulistano
distancia-se cada vez mais da taxa de 0,45%, fechando o mês, segundo prevê o
coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti. "A inflação da terceira quadrissemana
vai dificultar a meta de 0 45% do Picchetti", afirma o economista Jankiel
Santos, do Departamento Econômico do ABN Amro Bank. Para Santos, Picchetti
poderá revisar a expectativa de inflação para o mês. "Nós já estávamos
trabalhando com uma expectativa de 0,60%, que é maior que a da Fipe, e,
provavelmente, iremos revisar nossa projeção para cima", completou o economista
do ABN Amro.

O grupo Transportes, que vinha se consolidando como um dos
maiores vilões da inflação desde 5 de março, quando o prefeito de São Paulo,
José Serra (PSDB), autorizou um reajuste de 17,65% no preço da passagem de
ônibus, desacelerou a pressão sobre o índice da segunda para a terceira
quadrissemana de abril de 3,41% para 2,35%. Mas na contramão dos transportes, o
grupo Alimentação saiu de uma variação de 1% para uma nova alta de 1
55%.

Os alimentos haviam sido os principais responsáveis pela alta da
inflação na quadrissemana anterior, ao sair de uma alta de 0,56% na primeira
parcial de abril para 1%. Sem eles, afirmou o coordenador do IPC-Fipe, a segunda
quadrissemana teria mostrado uma inflação próxima de 0,45% no lugar da taxa de
1%. O bom de a inflação ser provocada por alimentos é que, ao contrário das
tarifas públicas, eles devolvem a alta num prazo curto de tempo, enquanto os
preços administrados vêm e ficam na estrutura orçamentária do consumidor.

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