Inflação medida pelo IGP-M sobe para 0,82% em novembro

O coordenador de Análises Econômicas da fundação, Salomão Quadros, minimizou a alta, afirmando que a taxa de outubro foi "anormalmente baixa" e influenciada por fatores sazonais, como queda intensa nos preços dos produtos agrícolas no atacado e inflação no varejo próxima de zero.

Embora tenha se recusado a fazer projeções para o indicador do próximo mês, ele informou que os reajustes de preços sem tributos de gasolina (7%) e diesel (10%) anunciados pela Petrobrás, no último dia 26 terão impacto em torno de 0,20 ponto percentual na formação do IGP-M de dezembro.

O período de coleta de preços do IGP-M foi de 21 de outubro a 20 de novembro e, por isso, o resultado do indicador não sofreu impacto do mais recente aumento dos combustíveis.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu para 0,99% ante 0 44% em outubro, devido principalmente à alta de preços no grupo Combustíveis Lubrificantes (de 0,76% para 5,18%). "Realmente, o que acelerou o IGP-M no mês foi a alta de preços no atacado, principalmente combustíveis", afirmou Quadros. Houve ainda deflação menos intensa nos preços dos produtos agrícolas (de -1 98% para -1,50%), o que contribuiu para elevar a inflação no atacado.

Os preços de diesel e gasolina foram reajustados em outubro, o que contribuiu para a alta dos combustíveis no atacado. Mas esses dois não são os únicos que estão elevando a inflação. Prejudicado por uma demanda maior do que a oferta, o preço do álcool passou de alta de 5,02% para elevação 10,85% no atacado. Também de outubro para novembro, o preço do óleo combustível passou de queda de 3,40% para alta de 10,15%. "Esse produto está mais alinhado às altas nas cotações de petróleo internacionais", disse Quadros.

No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0 05% para 0,30%, devido às altas de preço nos grupos Habitação (de 0,42% para 0,57%) e Transportes (de 0,32% para 1,51%). "No caso desse último grupo houve elevações nos preços de álcool (de 2,45% para 9,56%) e gasolina (de 0,50% para 3,03%)", disse.

Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) passou de 0,95% para 0,94% no período. O IGP-M já acumula altas de 11,59% no ano e de 12,28% em 12 meses.

A FGV também divulgou hoje Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da semana encerrada em 18 de novembro, que subiu para 0,33% ante os 0,31% do IPC-S anterior, de até 12 de novembro. Similar ao que ocorreu no IPC de novembro, a pequena elevação foi influenciada pelas altas de preço nos grupos Habitação (de 0,47% para 0,53%) e Transportes (de 1,60% para 1 65).

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