Indústria mostra sinais de desaquecimento em março

Os indicadores industriais de março de 2005, divulgados hoje pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), apontam desaquecimento da atividade neste início de
ano, mas "com sinais dúbios" no mercado de trabalho, que mostram que esse
desempenho ainda não afetou as perspectivas de crescimento para 2005, segundo a
CNI.

Ainda assim, o uso da capacidade instalada em março, no índice
dessazonalizado, se manteve em 82,6%, mesmo nível de fevereiro. Em março de
2004, esse índice dessazonalizado foi de 82%. Apesar da estabilidade no uso da
capacidade instalada, segundo os indicadores dessazonalizados (em todas as
comparações feitas com fevereiro), as vendas caíram 1,12% em março ante o mês
anterior. Em comparação a março de 2004, as vendas cresceram 0,71%, acumulando
crescimento de 2,35% neste ano.

O número de vagas cresceu 0,2%, ficando
praticamente estável, ante fevereiro. Em relação a março de 2004 houve aumento
de 6,5%, com a expansão acumulando 6,92% no ano. As horas trabalhadas caíram
1,62% ante fevereiro, 4,2% ante março de 2004 e de 6,24% n o acumulado do ano. A
massa salarial subiu 2,03% perante fevereiro, 9,53% em relação a março 2004 e
9,12% no ano.

A entidade atribui o desaquecimento de março à redução da
demanda interna, que segundo a CNI teria efeito das altas taxas de juros, e
também à queda da rentabilidade das exportações. Mesmo que as indústrias
mantenham o mesmo volume exportado em dólares, a receita em real, captada pela
pesquisa, apresenta queda devido à desvalorização do dólar.

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