Godoy afirma que benefício de reservas elevadas é maior que custo

O secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy, afirmou, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que os benefícios de se ter reservas internacionais elevadas ainda são maiores que o custo de carregamento para a manutenção dessas reservas. Segundo ele, as reservas elevadas ajudam a reduzir o risco Brasil (grau de desconfiança dos investidores na capacidade de o País honrar sua dívida).

Ao ser questionado sobre o custo de pagamento de juros sobre a dívida pública, Godoy disse que os fundamentos econômicos são mais importantes para fazer uma política fiscal eficiente, do que a taxa de juros de curto prazo. "O Banco Central fixa uma taxa de juros de curto prazo, que é a Selic. É uma referência. Mas se tiver muito fora do que os investidores acham dos fundamentos econômicos, eu consigo colocar títulos a taxas menores", afirmou Godoy.

Ele lembrou que a taxa Selic está a 12,5% ao ano e que o Tesouro tem conseguido colocar títulos de 20 anos de prazo, com uma taxa em torno de 9% ao ano. Godoy disse ainda que um dos elementos que não permite o Brasil ter grau de investimento é a dívida bruta do setor público. Segundo ele essa é a dívida mais usada como referência pelas agências de classificação de risco que, acreditam que o Brasil precisa ainda aprimorar seus fundamentos econômicos. Para Godoy a dívida bruta ainda é elevada em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

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