Feijoada abre campanha de prevenção à aids no carnaval

Rio ? O Ministério da Saúde iniciará a campanha de prevenção contra a aids e doenças sexualmente transmissíveis (DST) para o carnaval de 2006 neste domingo (12), com uma feijoada no Centro Cultural Cartola. Numa ação que se repete há 14 anos, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Universidade Veiga de Almeida participam da feijoada para mais uma edição do projeto Só Alegria vai contagiar neste Carnaval, considerado o mais tradicional do país na distribuição de preservativos à comunidade. A feijoada é promovida pela Fundação Cartola e vai contar com a presença do ministro da Saúde, Saraiva Felipe.

Como acompanhamento da feijoada, a comunidade da Mangueira e de outras localidades do Rio de Janeiro receberão uma série de informações sobre a necessidade da prática do sexo seguro no carnaval, informou a assessoria de imprensa do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde. O público alvo é a população mais carente que será esclarecida sobre os problemas da gravidez na adolescência e o uso de preservativos.

Em parceria com estados, municípios e organizações não-governamentais o ministério da Saúde pretende distribuir 25 milhões de preservativos nos quatro dias de folia. O tema da campanha do sexo seguro no carnaval deste ano é Vista-se, Use Sempre Camisinha. O Brasil tem, hoje, 371.827 pessoas infectadas pelo vírus HIV de acordo com o boletim de dezembro de 2005 do Programa Nacional de DST/AIDS.

Com exceção da região Sudeste, o boletim mostrou tendência de crescimento da doença nos demais estados. O Ministério da Saúde detectou uma redução de 15,6% em casos de Aids entre os anos de 1998 e 2004, na região sudeste. O número total de casos no Brasil também apresentou uma redução estatística de 1,7% no mesmo período.

De acordo com o boletim, no período de 1998 a 2004, cresceu a contaminação pelo vírus HIV nos homens adultos. Na faixa de 40 a 59 anos, o número de contaminados subiu de 4.788 para 6.340. Entre as mulheres, o ministério observou crescimento na maioria das faixas etárias. O sexo sem camisinha tem atingido em cheio as mulheres. O boletim do Ministério da Saúde mostra que a transmissão do vírus da AIDS em mulheres acima de 13 anos, que não praticam o sexo seguro, soma 94,8% dos casos.

Em contrapartida, a transmissão pelo uso de drogas injetáveis caiu de forma substancial, registrando somente 11% dos casos masculinos em 2004 e 4,2% dos casos em mulheres. O estudo revela, ainda, estabilidade em relação à mortalidade por Aids, que se mantém na faixa de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes.

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