Estudo aponta aumento do volume de cheques fraudados no ano passado

As fraudes em cheques cresceram 13,33% no Brasil em 2006 em relação ao ano anterior, segundo balanço da Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo. Levantamento da empresa constatou que o í­ndice de fraudes neste meio de pagemento no país foi de 0,17% no ano passado, enquanto em 2005, o mesmo tipo de estudo registrou indicador de 0,15%.

"É muito importante que os lojistas estejam atentos aos golpes, principalmente considerando a evolução e sofisticação dos extelionatários", alterta José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque. "Hoje não se pode abrir mão de solicitar e conferir os documentos dos consumidores na hora do recebimento de cheques, pois é muito comum que um cheque adulterado seja acompanhado de documentos falsificados. Daí­ a importância de se treinar toda a equipe do estabelecimento para que ela seja capaz de identificar alguma tentativa de golpe", acrescenta.

O executivo também chama a atenção para outra prática dos fraudadores que tem crescido no mercado. "As contas abertas por falsários tem nos preocupado, já que, nestes casos, a fraude acontece no próprio banco, por meio da abertura de conta corrente com documentos falsificados. Esta nova estratégia de fraude tem colocado o varejo numa posição bastante fragilizada, devido a dificuldade de comprovação e ressarcimento perante os bancos", ressalta Praxedes.

No ano passado também foi destaque o crescimento de 5,26% do indicador de cheques sustados. Com índice de 0,38% em 2005, eles passaram a responder por 0,40% do volume total de transações com cheques em 2006. Em contrapartida, o volume de cheques roubados apresentou recuo de 15,38%. Em 2006, o índice foi de 0,11%, enquanto no ano anterior de 0,13%.

"A queda no índice de cheques roubados reforça tendência observada no mercado de migração do simples roubo de cheques para a fraude. Hoje a tecnologia e a sofisticação têm sido o grande diferencial utilizado pelos golpistas, que sempre inovam as suas técnicas, tornando ainda mais difícil a identificação da fraude", complementa Praxedes.

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