Especialistas apontam biocombustível como energia do futuro

As conseqüências do aumento da temperatura global, uso da energia renovável e política nacional de investimento na área energética foram discutidas esta semana, em um evento promovido pelo projeto Quintas do Futuro da Universidade de Brasília (UnB).

Entre os participantes do debate, o professor Joel Camargo Rubim, do Instituto de Química da UnB, destacou a melhor alternativa é o uso do biocombustível, que substituirá o gás carbônico por uma fonte renovável e contribuirá de forma positiva para redução do efeito estufa.

"Os melhores modelos de previsão acreditam em um aumento de 1,5 a 3 graus Celsius nas temperaturas médias do globo terrestre, que pode significar um número no número de mortes", alerta Rubim. "Uma preocupação que todos os governos devem ter é de substituir combustíveis fósseis para preservar a civilização humana nesse planeta."

Outro participante do debate, o professor Juan José Verdésio, da faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UnB, defendeu a busca por um sistema que combine diferentes formas de energia.

"O prazo é que em 2030 atinja o pico de produção do petróleo. Quem vai substituir esse petróleo será o gás natural; um combustível mais limpo que o petróleo. Mas, as energias renováveis certamente vão dominar o mundo", atesta Verdésio.

O engenheiro Eduardo Soriano, coordenador de Desenvolvimento de Tecnologias Setoriais na Área de Energia do Ministério de Ciência e Tecnologia, explicou na UnB que o governo tem investido na área de energia renovável, assim como na tecnologia de álcool e na retomada do uso do carvão nacional.

"Provavelmente, vai sair uma política nacional do uso do carvão. Já na área do álcool, estamos elaborando um projeto de viabilidade de pequenas usinas de produtoras de álcool e açúcar, de modo que os pequenos produtores possam ser melhores assistidos", adianta Soriano.

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