Suíça investiga omissão de funcionários do UBS

Promotores da Suíça avaliam se alguns funcionários do UBS agiram de forma ilegal ao não divulgar informações sobre a exposição do banco aos títulos hipotecários subprime, de acordo com uma publicação semanal suíça.

O promotor de Zurique, Andreas Ochsenbein, disse que o departamento de crimes econômicos estava revisando “dados disponíveis publicamente” e que havia conversado com alguns funcionários do UBS, de acordo com a semanal Sonntag. A publicação afirmou que os promotores examinavam as declarações de gerentes e do conselho do banco que posteriormente se mostraram erradas.

A lei suíça pune com até três anos de prisão a divulgação falsa ou incompleta de informações relevantes aos investidores.

O UBS, maior banco da Suíça, sofreu prejuízos e baixas contábeis que somaram 45 bilhões de francos suíços (US$ 40 bilhões) por conta de investimentos no mercado de subprime dos EUA e em outros ativos arriscados.

No início de outubro, o banco pediu ajuda ao governo suíço e recebeu um pacote de auxílio financeiro com 6 bilhões de francos suíços (US$ 5,1 bilhões) para aumentar as reservas e US$ 54 bilhões para se desfazer dos ativos arriscados. Os lucros da venda destes ativos serão divididos entre o Banco Nacional da Suíça e o UBS.

Duas semanas antes de receber o pacote, o presidente do UBS, Peter Kurer, disse aos acionistas que o banco estava entre um dos mais bem capitalizados. O porta-voz do UBS, Andreas Kern, disse que o banco não comentaria sobre a notícia da Sonntag.