Setor de serviços dos Estados Unidos recua e indica recessão

Pela primeira vez em quase cinco anos, o setor de serviços nos Estados Unidos – que inclui restaurantes, turismo, finanças, construção civil e comércio varejista – teve recuo na atividade em janeiro, aumentando as preocupações de que o país entre em recessão. O relatório da entidade que monitora o setor, o ISM (na sigla em inglês, Institute for Supply Management), publicado nesta terça-feira (5), teve impacto no mercado financeiro.

Os três principais índices da Bolsa de Valores de Nova York, Dow Jones, Nasdaq e Standard & Poor’s 500, caíram. "O índice do ISM mostra um colapso total," disse Nigel Gault, economista-chefe na Global Insight. O ISM informou nesta terça-feira que o seu índice, que mede a atividade nos serviços, ficou em 44,6 pontos em janeiro. Uma leitura acima de 50 pontos indica expansão da atividade, abaixo de 50 pontos, indica retração.

O índice específico do ISM sobre atividades de negócios sem contar a manufatura caiu para 41,9 pontos em janeiro, ante 54,5 pontos em dezembro. Os economistas esperavam uma desaceleração, mas mesmo assim haviam previsto que o índice ficaria em 53 pontos, acima dos 50.

O consenso entre os especialistas é de que o setor de serviços, que responde por dois terços da economia norte-americana, "chegou ao final de um longo período de expansão", disse Anthony Nieves, dirigente do comitê de não manufatura do ISM. Gault afirma que em março de 2001, no começo da última recessão, o índice teve leitura de 50 pontos, e que nos meses posteriores, oscilou entre 48 e 49 pontos – bem acima da leitura de janeiro de 2008.

Voltar ao topo