Segundo Mantega, não há previsão de redução da CPMF até agora

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, abrandou nesta quarta-feira (12) a sua posição em relação à alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ao contrário de ontem, quando foi enfático em defender a manutenção da alíquota em 0,38%, Mantega disse que está aberto ao diálogo. Ele afirmou que, até o momento, não há perspectiva de redução do porcentual do tributo, mas informou que amanhã terá uma reunião com a base aliada, na Câmara e no Senado, para ouvir a opinião dos parlamentares. "Sou homem de diálogo e vou ouvir o ponto de vista de cada um. Queremos uma estratégia de aprovação da CPMF", afirmou. "Os parlamentares têm uma percepção política melhor que a minha", completou.

Mantega explicou que o que se busca é encontrar uma proposta viável e factível, que seja aprovada pelo Congresso Nacional. Ele lembrou, no entanto, que o Ministério da Fazenda tem que garantir o equilíbrio fiscal e conciliar os objetivos do governo e ponderou que o Orçamento para 2008 que foi enviado ao Congresso conta com uma arrecadação da CPMF com uma alíquota de 0,38%. "O Orçamento está equilibrado, se tirar alguma previsão de arrecadação, teremos que substituir ou cortar alguma despesa" disse o ministro.

Contestação

O ministro também contestou uma afirmação que foi atribuída hoje ao deputado Antonio Palocci (PT-SP) pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). Paulinho teria dito que Palocci afirmou aos parlamentares que o espaço que o governo tem para desoneração nos próximos quatro anos é de R$ 20 bilhões. "O deputado Palocci jamais diria isso, não há espaço para uma desoneração nem de R$ 20 bilhões, nem de R$ 40 bilhões", contestou Mantega.

Voltar ao topo