Secretária de SP quer crescimento agrícola sustentável

A nova secretária de Agricultura de São Paulo, Mônika Bergamaschi, pregou, hoje, em seu discurso de posse, um crescimento sustentável do setor agrícola e cobrou a necessidade de “que (o crescimento) esteja lastreado em gestão e tecnologia”. Executiva egressa do setor privado e a primeira mulher a assumir o cargo em mais de 100 anos da secretaria, Mônika criticou a morosidade da legislação ambiental para garantir a segurança jurídica, numa clara referência às discussões para a aprovação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados.

Ainda sobre o novo Código, Mônika afirmou que o agricultor quer estar legalizado em relação à questão ambiental para poder produzir. “O ruralista quer ser ambientalista, porque se não conservar os bens ambientais estará decretando o fim de sua atividade”, concluiu.

Mônika lembrou de outros entraves enfrentados pelo setor, como as barreiras externas e a falta de infraestrutura, e adotou ainda um tom de corporativismo com os funcionários da Pasta, comparando-os a uma equipe de futebol. “Time bom é o que encanta, mexe com a torcida e que trabalha unido”, afirmou.

A secretária lembrou também dos 15 anos em que foi executiva da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), em São Paulo e em Ribeirão Preto. “Atribuo a esse trabalho a razão de eu estar aqui”, concluiu. Considerou ainda um desafio trocar a atuação no setor privado pelo primeiro cargo público. “É um desafio que eu me propus e espero contar com a ajuda do setor público”, disse.

Alckmin

Na posse da nova secretária, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, considerou como prioridade da recém-empossada a melhoria de renda do produtor rural paulista, especialmente o pequeno. “É preciso ampliar as ações de extensão rural, o crédito e a renda para o pequeno produtor”, disse o governador.

Alckmin afirmou que pretende anunciar em breve medidas para ampliar as ações de extensão rural, com a contratação de técnicos que possam atender aos produtores rurais do Estado. A contratação de profissionais foi cobrada pelo ex-secretário Antonio Julio Junqueira de Queiroz, substituído por Mônika, em seu discurso.

O governador disse que ainda não definiu como irá ampliar a ação técnica do Estado ao produtor rural, se por meio do governo paulista ou por parcerias com prefeituras. “Mas essa ação é necessária, porque hoje não tem amadorismo”, explicou.

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