Dobrar a participação de produtos fabricados no Paraná no total das vendas das redes de supermercados instaladas no Estado é a meta da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e da Associação Paranaense dos Fornecedores de Supermercados (Assosuper). Nos próximos dois anos, a intenção é elevar o percentual dos atuais 10% para algo em torno de 20% a 25%. Para isso, industriais e supermercadistas defendem a mesma política: o incentivo à industrialização paranaense.
?Uma das razões para a baixa participação de produtos paranaenses nas gôndolas dos supermercados é o pouco número de fornecedores regionais e o baixo investimento no desenvolvimento de novos produtos?, disse Celso Gusso, presidente da Assosuper, durante o Balcão de Negócios, realizado ontem, em Curitiba. O evento reuniu fornecedores, redes regionais de supermercados e a rede Condor. Este é o quarto evento da série, que vem sendo promovida em parceria pela Fiep e Assosuper com o propósito de aproximar fornecedores e supermercadistas para elevar a venda de produtos paranaenses. Já participaram dos eventos anteriores as redes Wal Mart, Muffato e Pão de Açúcar.
Pedro Joanir Zonta, diretor do Supermercado Condor, que participou do 4.º Balcão de Negócios, disse que por mais que os mercados queiram optar por produtos fabricados no Paraná eles esbarram na baixa diversificação da produção e no pouco número de fornecedores. Segundo ele, isto acontece porque o nível de industrialização da produção paranaense ainda é baixo. Zonta cita como exemplo o óleo de soja. ?Embora o Paraná seja um grande produtor de soja, compramos óleo de indústrias de outros estados porque o volume de produto industrializado no Paraná não atende a toda a demanda?, afirma. O empresário diz que para reverter o quadro, o setor industrial precisa de incentivo.
Vitrine na Web
Além da realização do Balcão de Negócios, a Fiep lançou o Serviço de Exposição dos Produtos Paranaenses via Web. O site www.fiepr.org.br/ aumentodevendas, desenvolvido pela área de informática da Fiep em parceria com o Conselho Setorial de Agroindústria e Alimentos da Federação, é uma espécie de vitrine da produção paranaense. As indústrias podem especificar todos os itens produzidos no Estado.