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Pedido de devolução ao Tesouro foi ‘antecipado e inesperado’, diz Rabello

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, afirmou nesta quinta-feira, 30, que o pedido de devolução antecipada da dívida da instituição de fomento com o Tesouro Nacional foi “antecipado e inesperado”. “O que temos é uma obrigação de fazer uma devolução antecipada e imprevista”, afirmou Rabello, em discurso durante almoço promovido pelo Instituto Aço Brasil (IABr) no Rio.

Rabello disse que não há má vontade do BNDES em devolver os recursos, mas lembrou que os aportes foram feitos com previsão de pagamento até 2050, em algumas parcelas. O presidente do banco aproveitou para defender o uso dos aportes para dar corpo ao Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), lançado na virada de 2008 para 2009.

“O PSI nos livrou de afundar junto com o resto da economia mundial”, disse Rabello, completando que o programa foi bem concebido e teve participação do atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à época presidente do Banco Central (BC), que “conduziu muito bem esse processo”.

Rabello aproveitou para ironizar o pedido de devolução, dizendo que nunca assinou “um cheque tão grande”, numa referência aos R$ 50 bilhões já devolvidos neste ano. Ainda ironizando, Rabello disse no discurso que acabou de ter a ideia de vender o prédio do BNDES, no Centro do Rio, para o China Development Bank (CDB).

“Do jeito que a coisa vai, a gente aumenta a capacidade de cumprir a regra de ouro”, afirmou Rabello, para em seguida dizer que não admitiria isso na sua administração.

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