Pacote para Irlanda será de ? 100 bi

A Irlanda dá seus primeiros sinais de ceder à pressão e o Fundo Monetário Internacional (FMI), União Europeia (UE) e Banco Central Europeu (BCE) já negociam a criação de um plano de resgate de ? 100 bilhões para salvar a economia irlandesa. O governo do Reino Unido indicou que está disposto a abrir seus cofres para ajudar a economia vizinha e uma missão já será enviada até Dublin.

Enquanto a UE alertava a todos que o que está em jogo é o próprio futuro do euro, os Estados Unidos pediam uma solução rápida para a nova crise europeia como forma de afastar mais um obstáculo para a recuperação da economia mundial.

Depois de dias de uma queda de braço e do governo irlandês insistindo que não abriria mão de sua soberania financeira, ministros da UE chegaram a um acordo sobre a base de um novo plano de resgate. Vivendo seu segundo teste de fogo em apenas seis meses, o euro voltou a sofrer nesta terça-feira. As bolsas também caíram na Europa.

Durante a reunião em Bruxelas, ministros de toda a Europa tentaram convencer Dublin a aceitar a ajuda como forma de acalmar os mercados. “Estamos em uma crise de sobrevivência”, afirmou Herman Van Rompuy, presidente da UE.

Olli Rehn, comissário de assuntos econômicos, declarou depois da reunião que está em andamento “a preparação de um potencial programa” de resgate para ser usado se torna necessário.

A esperança de todos é que a Irlanda abandone sua posição e anuncie que pede ajuda. Com eleições próximas, o governo quer evitar dar um sinal de que está se cedendo à intervenção estrangeira, em um país onde a questão da soberania é ainda um tema sensível.

Diplomaticamente, a solução foi anunciar o processo em partes. A primeira foi o acordo que um grupo de técnicos da UE fechou ontem com Dublin para que uma missão vá até a Irlanda para fechar os detalhes do pacote, o que seria um sinal para os demais ministros que o acordo estaria próximo de uma conclusão. A Irlanda também “se comprometeu a trabalhar em cooperação com os organismos internacionais”, mas insistiu que até agora não pediu ajuda.

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