Crise

Número de empregados na indústria paranaense caiu

O número de trabalhadores empregados na indústria paranaense caiu 1,6% em novembro no ano passado, em relação ao mesmo mês de 2007. Porém, os que permaneceram na ativa estão ganhando mais. O valor da folha de pagamento real, no período, aumentou 5,1% no mesmo período. Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, em novembro, o emprego industrial caiu 0,6% no País, em relação a outubro. Foi o maior recuou desde outubro de 2003 (-0,7%). Já na comparação nov08/nov07, o indicador continuou positivo (0,4%), porém assinalou a menor taxa desde outubro de 2006 (0,3%). No acumulado de janeiro a novembro, o nível de emprego cresceu 2,4%, mas em menor ritmo do que nos meses anteriores.

O resultado verificado no Paraná foi um dos que mais influenciaram negativamente o índice nacional, junto com Santa Catarina (-2,8%). O resultado no Estado foi pressionado pelas reduções de trabalhadores na ativa verificadas em sete segmentos, com destaque para os setores de vestuário (-19,0%), madeira (-16,6%) e produtos químicos (-18%).

No acumulado de janeiro a novembro, contudo, o nível de emprego na indústria paranaense apresentou uma leve alta de 1,4%, na comparação com o mesmo período de 2007.

Já entre as atividades industriais que mais cresceram no Paraná, destacam-se os ramos de máquinas e equipamentos (32,3%), fumo (31,3%) e metalurgia básica (30,5%). Ganharam destaque ainda os segmentos de produtos de metal (16,7%) e refino de petróleo (15,2%).

Para a economista da coordenadoria de indústria do IBGE, Denise Cordovil, a redução de trabalhadores na ativa é um efeito da desaceleração da atividade industrial em outubro e novembro. “O Paraná teve um resultado positivo no acumulado porque, no início no ano o cenário era mais favorável. Com o agravamento da crise no segundo semestre, a indústria teve que adaptar a estrutura à produção.”

Por outro lado, no mesmo acumulado, o valor da folha de pagamento no Estado foi um dos que mais cresceu entre os 14 locais pesquisados pelo IBGE, com alta de 8% – resultado superior à média nacional de 6,3%. Destaque para crescimento da folha dos setores de máquinas e equipamentos (32,3%) e de alimentos e bebidas (8,2%).

Horas pagas

No País, a queda de -1,7% em novembro, comparado a outubro, no número de horas pagas foi a maior desde o início da série, em janeiro de 2001. Na comparação com novembro de 2007, também houve queda, de -0,4%. No acumulando, porém, o resultado é positivo (2,3%).

Já a folha de pagamento real encolheu 2,7% ante out/08, na série ajustada, permanecendo positiva em relação a nov/07 (4,1%) e no acumulado no ano (6,3%).

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