Ministério destaca alta de 21% no ritmo das exportações

Apesar da redução do superávit da balança comercial em janeiro ao menor nível desde junho de 2002, o secretário-substituto de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fábio Faria, afirmou que o desempenho do comércio exterior brasileiro ao longo do mês foi muito positivo, com um ritmo maior de crescimento das exportações, inclusive das que são feitas para os Estados Unidos. Ele ponderou que esse crescimento foi verificado em meio ao aumento da crise nos EUA, que atingiu os mercados globais.

O secretário destacou que o crescimento das exportações em janeiro, de 20,9% – é maior do que o registrado ao longo de 2007 que foi de 16%. As exportações para os Estados Unidos apresentaram um crescimento de 9,2% e foram puxadas por compras norte-americanas maiores de combustíveis, cujo consumo cresce no inverno do Hemisfério Norte. Mas aumentaram também as exportações de aviões, celulose, cobre, minérios e produtos siderúrgicos para os EUA. Em 2007, as vendas brasileiras para os Estados Unidos cresceram 1,8%.

"As vendas para os Estados Unidos vão-se manter firmes", previu Fabio Faria. Ele avaliou que o Brasil está numa posição muito confortável de contas externas, mesmo com a expectativa de redução do saldo comercial em 2008. "Essa redução do saldo é compatível com a situação econômica do País (de maior crescimento) e com as contas externas", afirmou. Ele disse também não observar uma deterioração do perfil da balança comercial do Brasil.

"O Brasil não vive essa situação de crise. Os resultados de janeiro são muitos positivos", afirmou. "Não há nenhuma vulnerabilidade das contas externas. Pelo contrário", afirmou. Para o secretário, a vantagem do Brasil é a de que tem um economia que não é dependente de nenhum mercado para as suas exportações. "Vendemos para todos os mercados e temos uma pauta de produtos bastante diversificada", comentou.

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