Materiais de construção em alta

O bom momento da construção civil já está trazendo reflexos para o comércio varejista. Segundo estimativa da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção na Grande Curitiba (Acomac), a expectativa é que tanto o volume de vendas como o faturamento cresçam entre 8% e 10% este ano na comparação com o ano passado. Até então, o crescimento médio do setor era de 4% ao ano, de acordo com o presidente da Acomac, Rogério César Martini. 

Segundo Martini, o cimento funciona como uma espécie de termômetro, que mede o aquecimento do setor. ?O volume comercializado de cimento determina o quanto a construção civil está crescendo, ou não. Nos últimos cinco anos, o crescimento foi de 4% ao ano no País, mas este ano deve fechar com alta de 9% a 10%?, apontou Martini. Segundo ele, a queda na taxa de juros e o maior acesso ao crédito têm contribuído para os bons números. ?A população não tinha acesso tão fácil ao crédito para a compra de material de construção. Hoje é possível pagar em 24 vezes, e algumas redes anunciam a venda em dez vezes sem juros?, apontou.

Há cerca de dois anos, lembrou Martini, o governo federal elegeu uma ?cesta básica? da construção civil, com a redução de impostos de alguns itens, como cimento, louças e sanitários, tubos e conexões em PVC. ?Houve uma redução de 5% a 12% nos preços. Com isso, a população pôde comprar, com menos dinheiro, maior volume de produtos?, comentou. Com isso, lembrou, o saco de cimento de 50 quilos passou de R$ 18, em média, para R$ 16 em Curitiba. Na Grande Curitiba, a estimativa é que haja cerca de 3 mil lojas no setor de material de construção e, em todo o Paraná, aproximadamente 5 mil.

10.ª Expocon

É no embalo do ?boom? da construção civil que acontece até hoje, no Expotrade, em Pinhais, a Expocon 2007 – 10.ª Feira de Fornecedores da Construção Civil. Segundo Rogério Martini, o evento conta com a participação de 120 empresas, muitas delas apresentando novidades. ?A indústria da construção civil é muito dinâmica, com muitas novidades. E a idéia é envolver todos os segmentos da cadeia, desde fabricantes de tijolos até de argamassa, rejunte, cerâmica?, explicou. A estimativa é que a feira gere R$ 40 milhões em negócios, incremento de 15% em relação ao ano passado. O evento é aberto ao público.

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