Mantega: Petrobras é empresa que deve ser valorizada

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que houve uma má interpretação dos fatos no caso da mudança contábil da Petrobras. “A Petrobras é uma empresa que deve ser valorizada. Na área é a companhia que mais investe no mundo”, defendeu durante audiência pública no Senado.

De acordo com o ministro, a companhia optou pelo uso da Medida Provisória 2158/35 de 2001, que rege a contabilidade das empresas. O ministro explicou que quando ocorre grande variação cambial, essa medida provisória possibilita a companhias a migração do regime de competência para o regime de caixa. “Foi o governo anterior que criou a lei. A primeira mudança se deu na época de forte desvalorização do real em 1999 e acho que o procedimento foi correto”, avaliou.

Mantega negou que a Receita Federal tenha censurado a Petrobras por causa dessa alteração. “Não censurou nem poderia, pois seria reprimida”, afirmou, acrescentando que o órgão emitiu uma nota de esclarecimento sobre o tema, mas não chegou a se manifestar para a Petrobras. “Houve um equívoco”, resumiu.

A Petrobras foi citada pelo ministro durante seu pronunciamento na audiência como um dos pilares para o enfrentamento da crise internacional para o Brasil. “A Petrobras possui alto volume de investimento, cadeia longa de produção e cria empregos”, enumerou.

Além da Petrobras, o ministro atribuiu o êxito da política econômica à condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao otimismo do trabalhador brasileiro, à confiança do empresário e ao Legislativo. “Esta é a maior crise que a nossa geração assistiu. Lá fora é assustadora, mas aqui estamos minimizando a turbulência”, comparou, acrescentando que em viagem recente aos EUA verificou que muitas lojas estão “às moscas”, os prédios, vazios e sem previsão de destinação, e que há de 7 milhões a 8 milhões de desempregados por mês. “Aqui, as consequências da crise são menores e o Brasil está sendo reconhecido pelo trabalho de todos”, afirmou.

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