Lula e Ciro admitem apoio ao FMI

São Paulo

(Das agências) – As equipes econômicas dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS) estão estudando até que ponto podem dar algum tipo de apoio ao acordo que o Brasil deverá fazer com o FMI. O Fundo colocou eventual apoio dos candidatos a presidente para consolidar uma ajuda ao País que além de contemplar o restante deste ano, cobriria também todo o ano de 2003. O presidente nacional do PT, José Dirceu, conversa “quase todo dia” com o presidente Fernando Henrique sobre a questão.

José Dirceu, que esteve recentemente em Washington, também já se reuniu com economistas ligados ao PT para avaliar que tipo de exigência o FMI pode vir a fazer ao Brasil e que tipo de apoio o PT pode eventualmente dar. O elo entre Ciro Gomes e o governo é Arminio Fraga, presidente do Banco Central. É muito provável que algum tipo de apoio de Ciro Gomes a um eventual acordo com o FMI tenha sido tratado na reunião de Fraga com Ciro, no dia 22 de julho, no Banco Central.

Na realidade, José Dirceu estaria discutindo as condições de um acordo que o governo Fernando Henrique assinaria. O certo é que, independentemente do que Fraga ou o ministro Pedro Malan acertem com representantes ou candidatos, a negociação final dos candidatos de oposição seria feita com o presidente Fernando Henrique. O porta-voz do FMI, Tom Dawson, disse ontem que é possível que o FMI estenda o programa com o Brasil até 2003, mas isso naturalmente exigiria um acordo politico. Ontem Lula disse que o acordo com o FMI será paliativo, caso não haja a recuperação de crédito do Programa de Financiamento às Exportações e a adoção de minirreforma tributária para desonerar a produção e acabar com o efeito cascata de alguns impostos.

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