Liminar eleva ação da Copel na Bolsa

A liminar obtida terça-feira pela Copel, na questão que envolve o contrato para compra de energia da Usina Elétrica a Gás (UEG) Araucária, suspendendo o procedimento arbitral instaurado pela UEG na Câmara de Comércio Internacional, sediada em Paris, e determinando que a questão seja julgada pela justiça brasileira, teve reflexo imediato na Bolsa de Valores de São Paulo, ontem.

A ação da estatal paranaense disparou 6,63% durante toda a tarde, com a ação subindo para R$ 10,29, com a realização de mais de 300 negócios.

A decisão da juíza Josély Dittrich Ribas, da 3.ª Vara da Fazenda Pública do Paraná, permite que a Copel fique livre, por enquanto, de pagar R$ 70 milhões. O valor era cobrado pela UEG Araucária na Câmara de Comércio Internacional.

O contrato que está sendo questionado na Justiça, obriga a Copel a comprar R$ 450 milhões em energia por ano. A Copel diz que o contrato, assinado na gestão passada, é ilegal, que não precisa dessa energia e que o valor é caro, pois cotado em dólar.

“Foi uma primeira e importante vitória vendida pela Copel”, comemorou o presidente da empresa, Paulo Pimentel. O governador Roberto Requião tem repetido, desde sua posse, que o contrato firmado pela Copel com a UEG Araucária “é lesivo aos interesses do Paraná”. Além de fixar a compra obrigatória da energia – que segundo denúncia da Copel, sequer tem sido produzida -, o contrato também determina uma tarifa muito elevada pelo kW e alinhada ao dólar.

Pimentel também considerou um absurdo o contrato prever a Câmara de Comércio Internacional, sedida em Paris, como local para as partes discutirem divergências. A Copel chegou a ser intimada para ir à Europa se defender.

Visita à Aneel

Diretores da Copel, acompanhados do presidente do Conselho de Administração da empresa, Ary Queiroz, estarão hoje (quinta) em Brasília para um encontro com o diretor geral da Aneel Agência Nacional de Energia Elétrica, José Mário Miranda Abdo.

Entre os muitos assuntos de interesse da Copel e do Estado do Paraná que tramitam na Aneel para análise está a autorização para a reunificação da Companhia, uma prioridade do governador Roberto Requião para a área de energia elétrica.

A delegação de diretores da Copel é formada por Ronald Ravedutti (finanças e relações com investidores), Assis Corrêa (relações institucionais) e Rubens Ghilardi (planejamento e distribuição).

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