Juro futuro sobe em meio a Copom e cenário externo

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, quando a taxa Selic foi reduzida em 0,50 ponto porcentual, para 11,5% ao ano, destaca, num primeiro momento, segundo analistas, que o processo de flexibilização monetária não será interrompido antes do final do ano.

Não há consenso sobre se o documento foi neutro ou consolidou a percepção de que os próximos passos da política monetária serão mais conservadores, com cortes de 0,25 ponto porcentual do juro básico da economia. Paralelamente, o ambiente externo, que volta a dar sinais conturbados, dificulta a leitura da ata do Copom nas mesas de operações hoje, afetando principalmente os papéis mais longos.

Os contratos futuros de depósitos interfinanceiros (DIs) de prazos mais curtos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) demoraram para reagir, mas passaram a projetar taxas mais elevadas. Às 10h22, o DI para janeiro de 2008, mais sensível às decisões do Copom, subia para 11,06% ao ano, de 11,03% no fechamento de ontem. As taxas dos DIs mais longos, no entanto, oscilaram com mais intensidade. A taxa do DI para janeiro de 2010 subia para 11,12%, de 10,92% no encerramento no dia anterior.

No campo da inflação, mais um dado atestou hoje a desaceleração dos aumentos dos preços domésticos. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou variação de 0,36% na terceira quadrissemana de julho. O índice desacelerou ligeiramente em relação à segunda prévia do mês (0,38%) e ficou dentro das estimativas.

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