Ipea: setor público responde por 21% do emprego formal

O setor público emprega 21% dos trabalhadores formais no Brasil, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2007. Dos 37,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada (CLT) e estatutários, cerca de 8 milhões trabalham na chamada administração direta.

Se somados os servidores da administração direta, indireta e empresas estatais, o número de empregados do setor público sobe para 10 milhões. O Poder Executivo reúne 79% desse total; o Legislativo, 1,7%, e o Judiciário, 2,7%. Na administração indireta, estão 8% dos empregos do setor público e as estatais reúnem os 8,4% restantes.

Os dados constam do estudo “Presença do Estado no Brasil: Federação, suas unidades e municipalidades”, apresentado hoje em São Paulo, que também traz avaliações em outras oito áreas, como saúde, educação e acesso a bancos públicos.

Em números absolutos, a Região Sudeste é a que possui o maior contingente de funcionários públicos, com 41% do total, seguida pelo Nordeste, com 26,5%; Sul, com 14,6%, Centro-Oeste, com 9,1% e Norte, com 8,6%. Proporcionalmente, a relação entre emprego público e ocupações formais é maior na Região Norte (38,2%), seguida pelo Nordeste (33,1%), Centro-Oeste (29,3%), Sudeste (15,7%) e Sul (15,1%).

O Centro-Oeste lidera no quesito quantidade de funcionários públicos por habitantes. Nessa região, 6,8% da população é composta por empregados do setor público pelo fato de a capital federal estar situada na região. Aparecem em segundo e terceiro lugares no índice as Regiões Nordeste (5,15%) e Sudeste (5,17%), respectivamente.

O Ipea comenta que no Brasil, assim como nos países desenvolvidos, o emprego público tem crescido com o desenvolvimento econômico, que cria maiores demandas em áreas como educação e saúde. Não à toa, cerca de metade dos 8 milhões que trabalham na administração direta está alocada nessas duas áreas.

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