IPCA-15 volta a desacelerar em setembro

A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preço ao Consumidor Amplo – 15) voltou a desacelerar em setembro. Na Grande Curitiba, o índice passou de 0,82%, em agosto, para 0,15%. Já em nível nacional, reduziu de 0,28% para 0,16%. Para o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pela divulgação do índice, os principais itens que fizeram a inflação recuar no País foram telefone fixo e combustíveis. A conta de telefone fixo passou de um alta de 3,39% em agosto para 0,13% neste mês.

Ao contrário do que ocorreu em nível nacional, onde houve queda de 0,27% nos preços dos combustíveis, na Grande Curitiba eles ajudaram a pressionar a inflação. No caso da gasolina, a alta foi de 0,85% e, do álcool, 0,15%. No País, houve queda de 0,19% e 0,66%, respectivamente.

O reajuste da gasolina e do diesel foi anunciado pela Petrobras para a partir de 10 de setembro. A explicação do IBGE para a redução dos combustíveis na média nacional é que os preços da pesquisa do IPCA-15 foram coletados no período de 12 de agosto a 12 de setembro. Ou seja, o impacto do reajuste da Petrobras será sentido somente no IPCA-15 de outubro.

Entre os setores que ajudaram a desacelerar a inflação na Grande Curitiba estão alimentos e bebidas, com queda de 0,34%, o vestuário (-0,22%) e os produtos farmacêuticos (-0,19%). Por outro lado, houve aumento na habitação (0,41%), combustíveis (0,70%), artigos de limpeza (0,33%), consertos e manutenção (2,44%).

País

Os produtos alimentícios e os artigos de vestuário mantiveram a trajetória de queda no País. Os alimentos passaram de -0,67% para -0,60%. Dentre os alimentos, os destaques foram as quedas dos produtos in natura: batata-inglesa (-19,77%), tomate (-13,37%) e cebola (-10,98%). O feijão com arroz também ficou mais barato: o arroz caiu 2,29%, o feijão preto teve queda de 2,73% e o feijão carioca chegou a custar menos 8,35%. Outros alimentos também tiveram quedas expressivas como ovos (-3,60%), farinha de mandioca (-3,19%) e leite pasteurizado (-2,16%).

Entre as altas, os destaques foram os aumentos registrados no açúcar refinado (2,09%), frango (1,77%), açúcar cristal (1,48%) e café (1,41%).

Os salários dos empregados domésticos continuam mostrando reflexos do aumento do salário mínimo que ocorreu em maio. A taxa passou de 1,86% em agosto para 1,82% em setembro. Segundo o IBGE, a defasagem entre o reajuste e a apropriação no índice é resultado da metodologia.

Entre as regiões, a maior taxa foi registrada em Belém (1,04%) devido à concentração de aumentos de água e esgoto, energia elétrica, ônibus urbano, gasolina e remédios. Por outro lado, Goiânia (-0,28%), Porto Alegre (-0,11%) e Recife (-0,05%) tiveram deflação. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,08%, e, nos últimos 12 meses, alcança 5,95%.

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