Investimento deve ser diversificado

O mercado financeiro está convencido de que o juro básico deve cair no mínimo mais 2 pontos porcentuais, de 22% ao ano para 20% na quarta-feira, por decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. A nova rodada de redução do juro, o andamento das reformas sem acidentes de percurso no Congresso e o forte fluxo de dólares ao País tendem a manter o otimismo em alta no mercado financeiro. As ações devem reforçar o apelo e o rendimento no mercado de renda fixa encolher mais um pouco. Segundo analistas, o cenário é de diversificação dos investimentos para tirar proveito dos mercados e ampliar os ganhos.

Na opinião do professor de Finanças da Universidade Federal do Paraná, Mauro Halfeld, o investidor que ainda não entrou na Bolsa deve aplicar os recursos aos poucos, em parcelas mensais. “A Bolsa já subiu bastante e, com isso, caiu o potencial de ganho e aumentou a possibilidade de perda.” A valorização da Bolsa no ano está em 45,73%.

O diretor-executivo da Boutique de Investimentos, Reinaldo Zakalski, sugere que o investidor permaneça insistindo em fundos de renda fixa e DI. “O juro real (excluída a inflação) segue alto, pois, apesar de cair a taxa nominal, a inflação também permanece controlada.”

Os especialistas estão otimistas com a Bolsa porque o mercado continua apostando na retomada da economia. Embora as ações venham em alta, Tovar diz que é melhor entrar agora, pois o investidor que se decidir mais à frente poderá pegar o mercado valorizado demais. Halfeld é favorável às ações apenas para retorno no longo prazo. Zakalski alerta para o risco de queda, porque a Bolsa subiu muito no curto prazo, e indica a aplicação, limitada a 10% da carteira, apenas para novos investimentos.

Para o executivo da Boutique de Investimentos, o diferencial entre os investimentos em juros pré e pós-fixados foi reduzido significativamente, pois o mercado já prevê uma redução acentuada da taxa básica de juros. Essa perspectiva deixa estreita margem de ganho para quem aplica em fundos prefixados, com juro definido no momento da compra dos títulos. Halfeld sugere que a maior parte dos recursos permaneça em um fundo de renda fixa ou DI, que oferecem o menor risco entre as aplicações.

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