Indústria paranaense do vestuário mantém investimentos

Apesar de ter atingido a indústria paranaense do vestuário, a crise econômica parece não estar inibindo novos investimentos de fabricantes e comerciantes. Ao menos é o que se pode comprovar no showroom do Paraná Business Collection, que teve ontem seu último dia, em Curitiba.

Na feira, empresários da moda estão tendo a oportunidade de fechar pedidos e fazer contatos com varejistas de vários locais do País. A expectativa da organização é de viabilizar negócios de pelo menos R$ 4,5 milhões, no total.

De acordo com o coordenador estadual de projetos do Setor do Vestuário do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR), Edvaldo Correa, este ano o evento focou em elevar o número de compradores de Curitiba e região, e também os que chama de VIPs.

“São os que possuem a maior capacidade de compra. Selecionamos vários e viabilizamos a vinda deles”, diz. A ação, conta, aumentou em 50% o número desse tipo de comprador.

Os trabalhos deram resultados também na prática. O proprietário da marca de Cianorte OU, Beto Tavares, conta que fechou a venda de cerca de 4 mil peças, movimentando aproximadamente R$ 200 mil em negócios, desde o primeiro dia do evento, na última segunda-feira.

“Ontem (quarta-feira), o evento fechou às 19h, mas ficamos até as 22h fechando pedidos”, revela. Ele acrescenta que, mesmo com a crise, este ano já vendeu 30% a mais do que no mesmo período de 2008.

Quem também não teve medo de encarar a crise foi a empresária Lorena Leme, de Maringá. Ela e a família, que já produzia peças para outras marcas, decidiram aproveitar a experiência que tinham no ramo e lançar uma marca própria, a Madame Lulu, há cerca de dez meses.

“A crise nos segurou em alguns aspectos, nos fez enxugar um pouco o custo e reduzir o desperdício. Mas nunca paramos de divulgar”, afirma, dizendo que também fez bons contatos e vendas no evento.

O showroom do Paraná Business Collection, organizado pelo Sebrae/PR e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), está apenas em sua terceira edição.

No ano passado, movimentou R$ 4,5 milhões em negócios, número que os organizadores esperam repetir ou até superar, este ano. São 25 empresas expondo seus produtos.

Conforme Edvaldo Correa, fabricantes de diversos perfis e locais participam. A predominância é de empresas das regiões noroeste e sudoeste do Estado, e da capital, que produzem desde roupas tradicionais até moda alternativa.

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