Índices de preços caem na zona do euro e no Japão

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) caiu 0,6% em julho deste ano na zona do euro, que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda. Essa é a maior queda anual desde que os registros foram iniciados, em janeiro de 1997, informou hoje a agência de estatística oficial da União Europeia (Eurostat). Em junho, a queda foi de 0,1%, o primeiro declínio anual do bloco europeu.

A redução foi maior do que a baixa de 0,4% prevista pelos economistas. Eles afirmaram que a queda maior aumentou a ameaça de um período sustentado de deflação. “A dúvida é se esse período de crescimento negativo de preço pode se tornar uma tendência prolongada deflacionária”, afirmou Robert McGuire, estrategista da RBC Capital Markets.

A taxa de inflação anual na zona do euro permanece em nível bem abaixo dos cerca de 2% que o Banco Central Europeu (BCE) estipulou como meta de médio prazo. Entretanto, o banco previsto anteriormente que os preços ao consumidor cairiam por vários meses antes de começarem a aumentar no final do ano.

No Japão, o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou queda recorde pelo segundo mês consecutivo em junho. O núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, recuou 1,7% no mês passado, em base anual, superando o declínio de 1,1% em maio, informou hoje o Ministério de Negócios Internos e Comunicações.

O resultado de junho marcou o quarto mês consecutivo de queda do CPI. Os preços mais baixos do petróleo e da energia, que subiram muito em agosto do ano passado, foram o principal fator da queda da inflação ao consumidor em junho.

Os economistas avaliam que os preços no Japão poderão se manter em queda por vários anos. “Nós achamos que o núcleo do CPI vai cair para -2% até outubro, e manter a queda em torno de 1% pelo menos até 2011”, disse Azusa Kato, economista do BNP Paribas. “O problema fundamental da grande diferença entre oferta e demanda irá persistir e continuar a pressionar os preços para baixo, mesmo com o fim do efeito da queda dos preços da energia em agosto”, destacou. As informações são da Dow Jones.

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