Impostos são os vilões dos produtos de Carnaval

O colar havaiano, um típico produto carnavalesco, não pesa mais que 100 gramas. No entanto, se o seu peso fosse calculado pelo valor do imposto, ele seria um dos produtos mais pesados entre os itens consumidos durante o Carnaval. Isso porque, 47,16% do seu preço final é imposto. O mesmo acontece como a máscara de plástico (45,13%) e o spray de espuma (47,14%), que quase a metade dos seus valores vão para os cofres públicos. Assim como, a buzina a gás (46,79%), biquíni (43,39%) e máscara (43,91%) com lantejoulas. A incidência é um pouco menor na fantasia de tecido (37,61%) e no preservativo (19,95%).

O levantamento é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que confirma que até os acessórios mais simples geram custos elevados, devido ao enorme peso tributário do Brasil. De acordo com o presidente do IBPT, Gilberto Amaral, assim como os produtos carnavalescos, a grande maioria de produtos vendidos no País sofrem com a grande incidência de impostos, que variam entre Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), além das contribuições previdenciárias.

O maior dentre os impostos, comenta Amaral, é o ICMS, que só no Paraná tem uma incidência de 18% sobre os produtos. Ele ressalta que o consumidor não tem como fugir dessa tributação, já que  ela vem embutida nos preços. ?Mas é importante que o cidadão tenha consciência que está pagando uma elevada taxa tributária?, falou. Mas engana-se quem pensa que só os produtos são atingidos pelos altos impostos. Se ao invés de comprar adereços para brincar o Carnaval a opção é viajar para acompanhar o agito, no custo de um dos tradicionais pacotes carnavalescos oferecidos no mercado – que inclui hotel, ingresso e transporte – cerca de 37,48% são impostos. ?O Governo continua com seu ?carnaval tributário? particular impondo ao folião uma alta carga de impostos embutida nos produtos consumidos nesta festa?, finalizou o diretor técnico do IBPT, João Eloi Olenike.

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