IGP-M aponta para deflação de 0,44%

Os preços medidos pelo IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) recuaram 0,44% em junho, ante deflação de 0,22% em maio. Em junho, a desaceleração atingiu atacado e varejo. O IPA (Índice de Preços do Atacado) registrou deflação de 1%, ante uma queda de 0,77% nos preços no mês anterior. O atacado representa 60% da composição da taxa.

Com o arrefecimento dos preços no atacado nos últimos meses, a desaceleração em junho ficou concentrada nos bens intermediários (insumos), que tiveram queda de 0,89%. A principal contribuição deste grupo partiu do item materiais e componentes para a manufatura, que inclui ferro, aço e resinas, insumos usados na maior parte das indústrias. A taxa deste item passou de 0,11% em maio para -1,46%.

Os materiais e componentes para a construção exerceram a segunda maior influência para a desaceleração no atacado e passaram de 0,37% em maio para -0,41% em junho.

A valorização do real e o preço favorável de produtos cotados no mercado internacional contribuíram para o recuo nos preços dos produtos industriais.

Depois do período de normalização de preços após o fim da estiagem, os produtos agropecuários mostraram em junho tendência de aceleração. Os preços continuam em queda, mas com taxas menores. As matérias-primas brutas apuraram uma taxa negativa de 1,97% em junho, ante uma queda de 3,12% em maio.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apurou alta de 0,05%, ante variação de 1,02% em maio. No mês passado, os preços foram pressionados pelo aumento das tarifas de energia elétrica, pela alta de hortaliças e legumes e de roupas, com a chegada das coleções de inverno.

Em junho, houve mudança no comportamento da inflação no varejo. Os grupos Alimentação e Habitação contribuíram para o recuo da taxa com a queda nos preços de hortaliças e legumes, adoçantes e arroz e feijão. Além disso, a taxa de eletricidade residencial passou de 3,35% para 0,07%.

Na construção civil, a taxa passou de 0,54% para 2,20%, com o reajuste da mão-de-obra em Fortaleza, Goiânia, Brasília, Florianópolis e São Paulo.

No ano, o IGP-M acumula alta de 1,75% e nos últimos 12 meses, de 7,12%.

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